Executivos do mercado de saúde suplementar têm levantado o alerta para o risco de aumento na sinistralidade que vem registrando níveis elevados desde o ano passado, com a pressão dos procedimentos eletivos postergados pela pandemia, dengue, gripe e inflação médica. Há casos de grandes operadoras com taxas de sinistralidade acima dos 90%.
O indicador mostra a relação entre o valor pago pelos usuários com as mensalidades e o custo dos procedimentos. Até o terceiro trimestre do ano passado, o setor registrava sinistralidade geral de 88%, segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Isso significa que a cada R$ 100 recebidos pelas operadoras, R$ 88 foram destinados ao pagamento de exames, consultas, internações, medicamentos e cirurgias.
Segundo a FenaSaúde (federação que representa as operadoras), também influenciam no crescimento da sinistralidade fatores como ‘a obrigatoriedade da oferta de tratamentos cada vez mais caros, com doses a cifras milionárias, a ocorrência de fraudes e a judicialização da saúde’.