Existe muito mais de conscientização do que de comemoração na origem do oito de março.
Registros mostram que o dia da mulher já é comemorado desde o início do século vinte na Europa e nos Estados Unidos, muito antes da oficialização da data por parte da ONU, em 1975.
Muito se fala sobre o incêndio da fábrica têxtil que ocorreu em 1911 na cidade de Nova York e tirou a vida de mais de 100 mulheres, escancarando uma realidade de más condições de trabalho – ainda piores quando se tratava do gênero feminino. Com certeza é um episódio a se lembrar, mas as raízes são ainda mais profundas.
A verdadeira história do oito de março tem muito mais de resistência e luta por direitos do que qualquer coisa. Mulheres unidas, mobilizadas e na luta por direitos básicos. Uma história antiga, porém muito atual.
Tudo começou com diferentes grupos de mulheres operárias que passaram a reivindicar por melhores condições de trabalho. A alemã Clara Zetkin foi a responsável por levar a discussão sobre a situação feminina e ao lado da também política e ativista, Alexandra Kollontai, propôs a criação de uma jornada anual de manifestações pelo direito de voto para as mulheres e melhores condições trabalhistas.
Dessa forma, o primeiro “dia da mulher” é datado em 19 de março de 1911.
Mas por que então comemora-se o dia 8 de março?
Em 23 de fevereiro de 1917, um grupo de operárias russas saiu em protestos nas ruas de São Petersburgo contra a fome e contra a Primeira Guerra Mundial, em um movimento que ficou conhecido como “Pão e Paz”. Uma consequência dessas manifestações é a Revolução Russa, mas é importante ressaltar que o Dia da Mulher datado de 8 de março e reconhecido pela ONU, parte daí.
De 23 de fevereiro a 8 de março contam-se 13 dias, exatamente a diferença entre os calendários juliano (utilizado pela Rússia na época) e gregoriano (adotado na maioria dos países hoje).
Dessa forma, a data foi instituída como uma homenagem a uma mulher heróica e trabalhadora. Uma mulher forte.
Feliz Dia Internacional das Mulheres!
Fonte: Allura